Existem indícios que remetem à presença de Andrício de Souza na América pré-colombiana — dizem que quem olhar de pertinho certas ruínas de Machu Picchu achará uma tirinha envolvendo o Pereio e uma pouco ortodoxa designação para a genitália feminina . Mas tem que olhar bem de pertinho mesmo, porque muitos arqueólogos já deram de ombros e afirmaram que tudo é obra de extraterrestres.
Honestamente, não sei dizer quando surgiu Andrício de Souza. Eu o conheço faz alguns anos, mas a cada coisa que ele faz eu sinto que não o conheço lá muito bem.
Por um lado isso é bom, pois quando não gosto de uma nova atualização posso simplesmente fechar a aba do navegador e fingir que nunca ouvi falar de Andrício de Souza, temendo um pouco que alguém esteja por perto e pergunte: “mas por que você está acessando o site desse idiota?” (ninguém nunca me perguntou isso).
O lado negativo é que a gente sente que a cada tirinha o Andrício deixou de fazer muitas outras tão bacanas quanto ou infinitamente melhores. Ele deixa a gente pensando no que podemos esperar, e aí mata a nossa expectativa quando decide por si só o que é mais interessante expressar.
Na verdade isso não é nem um pouco negativo. Não há real contra indicativo ao trabalho do Andrício. Ele reclama do que para ele é justo reclamar, zomba do que considera digno de zombaria e enaltece o que acha bom e necessário. Todos agimos mais ou menos assim, mas o Andrício tem um trunfo, que o faz ultrapassar a todos nós: enquanto nos limitamos a cruzadinhas, ele usa a caneta Bic para produzir tirinhas. E elas já estão fazendo barulho. A elas.
Filipe Chamy, do blog PIRLIMPSIQUICE (melhorou, melhorou), que só topou escrever este texto por conta da amizade que nutrimos desde quando tínhamos dez anos
5 comentários:
Curti!
você é sensacional hahah
Você é muito ruim... Parabéns!
Captcha: spaces holarou
Do caralho o seu trabalho!
@rfcr
Suas tirinhas são as melhores hehehe
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